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OWASP SAMM: Maturidade em segurança de software

escrito por Marcos Rodrigues

5 minutos de leitura

Especialista em segurança de software analisando códigos e gráficos relacionados ao OWASP SAMM, promovendo a maturidade em segurança de software.

Como o OWASP SAMM ajuda a estruturar segurança de software em tempos de CI/CD, FinOps e IA

SAMM= Software Assurance Maturity Model.

Um modelo aberto que ajuda a medir onde você está em segurança de código e o que fazer, passo a passo, para evoluir do commit ao deploy, sem preocupações.

Com pipelines de CI/CD cada vez mais automatizados, pressão por FinOps (custo e eficiência) e um verdadeiro tsunami de IA (Copilot, modelos generativos, libs “mágicas”), a superfície de ataque cresceu. Sem um modelo de maturidade, você acelera na direção errada.

No modelo proposto, devemos considerar três grandes entregas que a utilização do SAMM pode gerar para você:

  • Mensurável: níveis de maturidade claros por prática.
  • Acionável: caminhos de evolução sem demora.
  • Versátil: independe de linguagem, stack ou tamanho da empresa.

Para entregar esses itens, seguimos um modelo muito claro e objetivo, baseado em cinco pilares fundamentais.

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  1. Governança – estratégia, métricas, políticas e educação.
  2. Design – avaliação de risco e requisitos e arquitetura de segurança.
  3. Implementação – build seguro, dependências, segredos e deploy.
  4. Verificação – testes de segurança e validação de controles.
  5. Operações – detecção e resposta a incidentes e hardening de ambiente.

Cada pilar possui práticas, e cada prática tem atividades organizadas em três níveis de maturidade, do básico ao avançado. É um modelo progressivo, realista e que mede resultado, não intenção. Estamos ligados diretamente à prática.

CI/CD, FinOps e SAMM: essa estrutura não deve ser desconsiderada

CI/CD O SAMM orienta o que precisa existir no pipeline, como pinagem por SHA, CodeQL ou Semgrep, SBOM com assinatura e OIDC sem chaves estáticas. O resultado é menos incidentes e um MTTR menor.

FinOps Falha de segurança custa caro: retrabalho, interrupções e multas. Ao priorizar controles de alto impacto e baixo custo, você reduz desperdício. Uma métrica-chave aqui é o custo evitado por vulnerabilidade crítica mitigada.

IA (Copilot & cia): usar IA exige maturidade

IA não é um atalho para segurança; é um multiplicador, do bom e do ruim.

Impactos de não adotar o SAMM

  • Código gerado com vulnerabilidades, como injeção de prompt, validação fraca e má gestão de segredos.
  • Dependências inseguras sugeridas “porque funcionam”.
  • Vazamento de IP ou dados sensíveis em prompts, logs e artefatos.
  • Riscos na supply chain, com actions, plugins e modelos “prontos” sem proveniência.

Com o SAMM, você cria guardrails claros:

  • Implementação: SBOM com assinatura (Sigstore), OIDC no CI, varredura de segredos e políticas de dependência.
  • Verificação: SAST com CodeQL ou Semgrep nos PRs e DAST leve em preview apps.
  • Governança: políticas claras de uso de IA, revisão obrigatória com CODEOWNERS, métricas e SLAs.
  • Design: threat modeling considerando ataques específicos de IA, como prompt injection, data exfiltration e model misuse.
  • Operações: playbooks de resposta a incidentes envolvendo modelos e assistentes.

Usar Copilot é ótimo, desde que você tenha maturidade para validar, medir e auditar. O SAMM é o mapa.

O SAMM não exige perfeição; exige clareza de objetivo e evolução contínua. Em tempos de IA e custos sob a lupa, maturidade em segurança é uma vantagem competitiva.

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