escrito por ilegra
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Um dos destaques foi o Hype Cycle for Generative AI in Banking 2025, apresentado por Ben Seesel, Vice President, Advisory no Gartner Financial Services Team, que mostrou como a IA generativa deixou de ser promessa e se tornou um motor estratégico de inovação, eficiência e diferenciação competitiva no setor financeiro.
O estudo reforça que o desafio dos bancos agora é transformar tecnologia em valor real, enquanto o Hype Cycle se consolida como um guia essencial para decisões de investimento, ajudando executivos a distinguir o hype do impacto concreto e a agir no momento certo para equilibrar risco e retorno.
“O maior valor do Hype Cycle está em revelar o timing, quando investir, como equilibrar riscos e onde a inovação realmente gera vantagem competitiva”, destaca Caroline.
A reflexão que emerge é clara:
Investir cedo traz pioneirismo, mas exige coragem para lidar com riscos e aprendizados.
Investir mais tarde reduz incertezas, mas pode significar perder relevância de mercado.
No contexto bancário, em que a confiança e a previsibilidade são fundamentais, usar o Hype Cycle como bússola estratégica se torna um diferencial importante.
As discussões no evento também mostraram que a IA generativa ultrapassou a barreira da automação e passou a atuar como um elemento de transformação estrutural no setor financeiro.
Na perspectiva da ilegra, com base nas análises de Caroline, esse movimento se organiza em dois grandes eixos:
A construção do banco autônomo: operações que se auto ajustam, decisões orientadas por dados e eficiência contínua.
A realização de valor com IA: soluções que resolvem problemas reais dos clientes, e não apenas otimizam processos internos.
Essa mudança de mentalidade marca uma transição importante da IA como ferramenta tecnológica para a IA como ativo estratégico de negócio, capaz de conectar eficiência operacional, experiência do cliente e crescimento sustentável.
Entre os exemplos apresentados, um dos mais emblemáticos veio do Mashreq Bank, que implementou a ferramenta EagleEye para detecção automatizada de fraudes e gestão de investigações. Com a solução, o banco reduziu o custo por caso pela metade e alcançou ** maior precisão e agilidade nas operações**.
Casos como esse ilustram como a GenAI está redefinindo áreas críticas de risco, segurança e compliance, permitindo que instituições financeiras atuem de forma mais proativa e inteligente frente a ameaças e regulações complexas.
Outro eixo de transformação identificado por Caroline foi a ascensão dos produtos financeiros adaptativos, soluções que utilizam IA para personalizar experiências em tempo real.
Entre as inovações observadas no Hype Cycle, destacam-se:
Synthetic Data for Banking, que permite personalizar crédito e investimentos com segurança;
GenAI Lending, que automatiza análises de crédito e comunicações;
Modelos específicos por instituição, que ampliam a precisão de previsões com contexto bancário real.
Essas tecnologias reforçam uma tendência clara: a personalização deixou de ser um diferencial e passou a ser uma expectativa. Os bancos que conseguirem traduzir dados em relevância e conveniência serão os que mais se aproximarão de seus clientes com inteligência, agilidade e empatia.
Outro ponto recorrente nas discussões do Gartner foi o avanço do modelo de augmented workforce: a integração entre humanos e inteligência artificial em atividades complementares.
Inovações como AI Sales Assistants, AI Agents e cyber-fraud fusion teams estão transformando o papel dos profissionais no setor financeiro. A execução repetitiva cede espaço à** supervisão estratégica, análise e tomada de decisão orientada por dados.**
Para a ilegra, essa é uma das mudanças culturais mais significativas: a tecnologia deixa de competir com as pessoas e passa a potencializá-las, tornando o trabalho mais estratégico, criativo e humano.
Os aprendizados observados no Gartner IT Symposium/Xpo™ 2025 reforçam uma visão compartilhada por Caroline e pela ilegra: o futuro do setor financeiro será definido por dois pilares centrais: autonomia operacional e geração de valor com IA.
A GenAI é o elo entre esses pilares, conectando eficiência e experiência, tecnologia e propósito. Mais do que uma ferramenta de produtividade, ela representa uma nova forma de pensar o negócio bancário, baseada em aprendizado contínuo, decisão automatizada e relacionamento inteligente.
Os bancos que souberem equilibrar inovação, maturidade e propósito estarão na vanguarda dessa transformação, guiando o futuro das finanças com base em dados, confiança e visão estratégica.