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A próxima fronteira dos bancos: as tendências da IA generativa e o futuro do setor financeiro

escrito por ilegra

4 minutos de leitura

Ilustração de inteligência artificial no setor financeiro, com uso de tecnologia digital, cálculos, gráficos e dados para otimizar investimentos e negócios.

A ilegra traz os principais aprendizados do Gartner IT Symposium/Xpo™ 2025 sobre o Hype Cycle for Generative AI in Banking. Descubra como a IA generativa está moldando o futuro autônomo, adaptativo e humano do setor financeiro.

Durante a participação da ilegra no Gartner IT Symposium/Xpo™ 2025, na Flórida, nossa VP de Estratégia e Inovação, Caroline Capitani, acompanhou de perto as discussões que estão moldando o futuro da tecnologia e dos negócios.

Um dos destaques foi o Hype Cycle for Generative AI in Banking 2025, apresentado por Ben Seesel, Vice President, Advisory no Gartner Financial Services Team, que mostrou como a IA generativa deixou de ser promessa e se tornou um motor estratégico de inovação, eficiência e diferenciação competitiva no setor financeiro.

O estudo reforça que o desafio dos bancos agora é transformar tecnologia em valor real, enquanto o Hype Cycle se consolida como um guia essencial para decisões de investimento, ajudando executivos a distinguir o hype do impacto concreto e a agir no momento certo para equilibrar risco e retorno.

“O maior valor do Hype Cycle está em revelar o timing, quando investir, como equilibrar riscos e onde a inovação realmente gera vantagem competitiva”, destaca Caroline.

A reflexão que emerge é clara:

  • Investir cedo traz pioneirismo, mas exige coragem para lidar com riscos e aprendizados.

  • Investir mais tarde reduz incertezas, mas pode significar perder relevância de mercado.

No contexto bancário, em que a confiança e a previsibilidade são fundamentais, usar o Hype Cycle como bússola estratégica se torna um diferencial importante.

GenAI como força motriz da transformação bancária

As discussões no evento também mostraram que a IA generativa ultrapassou a barreira da automação e passou a atuar como um elemento de transformação estrutural no setor financeiro.

Na perspectiva da ilegra, com base nas análises de Caroline, esse movimento se organiza em dois grandes eixos:

  1. A construção do banco autônomo: operações que se auto ajustam, decisões orientadas por dados e eficiência contínua.

  2. A realização de valor com IA: soluções que resolvem problemas reais dos clientes, e não apenas otimizam processos internos.

Essa mudança de mentalidade marca uma transição importante da IA como ferramenta tecnológica para a IA como ativo estratégico de negócio, capaz de conectar eficiência operacional, experiência do cliente e crescimento sustentável.

Operações autônomas e inteligentes: quando a IA aprende com o risco

Entre os exemplos apresentados, um dos mais emblemáticos veio do Mashreq Bank, que implementou a ferramenta EagleEye para detecção automatizada de fraudes e gestão de investigações. Com a solução, o banco reduziu o custo por caso pela metade e alcançou ** maior precisão e agilidade nas operações**.

Casos como esse ilustram como a GenAI está redefinindo áreas críticas de risco, segurança e compliance, permitindo que instituições financeiras atuem de forma mais proativa e inteligente frente a ameaças e regulações complexas.

Produtos financeiros auto-adaptáveis e centrados no cliente

Outro eixo de transformação identificado por Caroline foi a ascensão dos produtos financeiros adaptativos, soluções que utilizam IA para personalizar experiências em tempo real.

Entre as inovações observadas no Hype Cycle, destacam-se:

  • Synthetic Data for Banking, que permite personalizar crédito e investimentos com segurança;

  • GenAI Lending, que automatiza análises de crédito e comunicações;

  • Modelos específicos por instituição, que ampliam a precisão de previsões com contexto bancário real.

Essas tecnologias reforçam uma tendência clara: a personalização deixou de ser um diferencial e passou a ser uma expectativa. Os bancos que conseguirem traduzir dados em relevância e conveniência serão os que mais se aproximarão de seus clientes com inteligência, agilidade e empatia.

Humanos + IA: o surgimento da força de trabalho aumentada

Outro ponto recorrente nas discussões do Gartner foi o avanço do modelo de augmented workforce: a integração entre humanos e inteligência artificial em atividades complementares.

Inovações como AI Sales Assistants, AI Agents e cyber-fraud fusion teams estão transformando o papel dos profissionais no setor financeiro. A execução repetitiva cede espaço à** supervisão estratégica, análise e tomada de decisão orientada por dados.**

Para a ilegra, essa é uma das mudanças culturais mais significativas: a tecnologia deixa de competir com as pessoas e passa a potencializá-las, tornando o trabalho mais estratégico, criativo e humano.

O futuro do setor financeiro: autônomo, adaptativo e humano

Os aprendizados observados no Gartner IT Symposium/Xpo™ 2025 reforçam uma visão compartilhada por Caroline e pela ilegra: o futuro do setor financeiro será definido por dois pilares centrais: autonomia operacional e geração de valor com IA.

A GenAI é o elo entre esses pilares, conectando eficiência e experiência, tecnologia e propósito. Mais do que uma ferramenta de produtividade, ela representa uma nova forma de pensar o negócio bancário, baseada em aprendizado contínuo, decisão automatizada e relacionamento inteligente.

Os bancos que souberem equilibrar inovação, maturidade e propósito estarão na vanguarda dessa transformação, guiando o futuro das finanças com base em dados, confiança e visão estratégica.

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